Na imagem, a energia térmica irradiada da Terra (em watts por metro quadrado) é mostrada em tons de amarelo, vermelho, azul e branco. As áreas amarelo brilhante são as mais quentes e estão a emitir mais energia para o espaço, enquanto as áreas azul escuro e as nuvens em branco brilhante são muito mais frio, emitindo menos energia. O aumento da temperatura, a diminuição do vapor de água e a diminuição das nuvens tendem todos a aumentar a capacidade da Terra para dissipar calor para o espaço - Crédito: NASA/NOAA/CERES Team
A NASA divulgou as primeiras imagens captadas pelo instrumento Clouds and the Earth's Radiant Energy System (CERES), a bordo do satélite Suomi NPP, para melhorar as previsões meteorológicas a curto prazo e aumentar o entendimento sobre alterações climáticas.
CERES começou a analisar a Terra, pela primeira vez, ajudando a garantir a disponibilidade contínua das medições da energia que sai do sistema Terra-atmosfera .
Segundo a NASA, os resultados CERES irão ajudar os cientistas a determinar o equilíbrio energético da Terra, fornecendo um registo a longo prazo deste parâmetro ambiental crucial, que servirá para consolidar os dados dos seus antecessores.
Este instrumento CERES, que chegou ao espaço a 28 de Outubro de 2011, a bordo do satélite de observação terrestre, Suomi NPP, monitora "pequenas alterações na energia da Terra, a diferença entre a energia que entra e a que sai", como exoplicou Norman Loeb, do Centro de Investigação Langley e principal investigador de CERES.
"Qualquer desequilíbrio na energia da Terra devido às crescentes concentrações de gases aquece os oceanos, aumenta o nível do mar e causa aumentos de temperatura na atmosfera", disse o cientista.
"Um registo prolongado de dados é importante para compreender como o clima da Terra está a mudar como resposta às actividades humanas e processos naturais."
Além de observar as mudanças na radiação da Terra, os cientistas também estão a monitorar as mudanças nas nuvens e aerossóis, que influenciam fortemente a radiação da Terra.
Uma camada espessa de nuvens tende a reflectir uma grande quantidade de energia solar incidente de volta ao espaço (azul / verde / branco na imagem), mas ao mesmo tempo, reduz a quantidade de calor perdida para o espaço (vermelho / azul / laranja na imagem). Pode comparar-se com as áreas que não têm cobertura de nuvens (regiões de cores escuras) para ter uma noção do impacto das nuvens na energia que entra e sai - Crédito: NASA/NOAA/CERES Team
"As nuvens reflectem a luz solar e impedem a energia de irradiar para o espaço", disse Loeb. "Qual destes dois efeitos domina depende das propriedades das nuvens, como a sua quantidade, espessura e altura."
"As propriedades das nuvens podem mudar de modo a ampliar ou compensar as alterações climáticas provocadas por outros processos.
Outros quatro instrumentos CERES estão em órbita nos satélites Aqua e Terra da NASA.
O conjunto dos cinco instrumentos científicos do satélite Suomi NPP proporcionará medidas das temperaturas da atmosfera e da superfície do mar, a humidade, a produtividade biológica da terra e dos oceanos, as propriedades das nuvens e dos aerossóis, medições de ozono e monitoramento das alterações da radiação da Terra.
Fonte: NASA
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