Jaburu ou Jabiru (Jabiru mycteria), considerada a ave símbolo do Pantanal - Crédito: wikipédia
No Dia Mundial das Zonas Húmidas, celebrado todos os dias 2 de Fevereiro desde 1997, ambientalistas do World Wildlife Fund (WWF) alertam para a protecção do Pantanal, um santuário de biodiversidade localizado no Mato Grosso, Brasil, e que se encontra em risco por causa da desflorestação e agricultura intensiva.
Um estudo realizado sobre a bacia do rio Paraguai, que nasce no Mato Grosso, concluiu que esta região corre um grave risco ecológico.
A desflorestação, a agricultura excessiva, o desenvolvimento urbano ou o grande número de represas hidroelétricas são alguns dos riscos para as águas do rio Paraguai e seus afluentes que alimentam o Pantanal.
Jovens capivaras (Hydrochoeris hydrochaeris) do Pantanal - Crédito: wikipédia
Há milhares de hectares de explorações agrícolas, sobretudo de soja e onde são usados herbicidas.
Segundo a WWF, cerca de 15% da cobertura vegetal do Pantanal já foi destruída pelos cultivos de soja e pelos pastos para o gado.
"A soja é cultivada onde nascem os rios que alimentam e formam posteriormente o Pantanal. Há riscos de erosão, mas também de contaminação do Pantanal", afirmou Pierre Girard, especialista em hidrologia do Centro de Pesquisas do Pantanal (independente), e um dos autores do estudo.
O estudo realizado pela WWF, com a colaboração da organização conservacionista The Nature Conservancy, insiste na necessidade dos países (que compartilham a bacia do Paraguai) e regiões envolvidas unirem os seus esforços na protecção de toda a bacia - onde apenas 11% do território é atualmente uma zona protegida - condição essencial para conservar a extraordinária riqueza da fauna e da flora, com 4.500 espécies diferentes.
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