domingo, 12 de junho de 2011

Lista Vermelha da IUCN com 1253 aves ameaçadas

Uma das maiores espécies do mundo das aves está à beira de extinção, segundo revelam a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação (IUCN) 2011 para as aves e a federação Birdlife International.
A grande-abetarda-indiana ( Ardeotis nigriceps), passou da categoria Em Perigo para Criticamente em Perigo, o nível de ameaça mais elevado. A caça, perturbação, perda e fragmentação do habitat reduziram a espécie a cerca de 250 exemplares.

A grande-abetarda-indiana, com um metro de altura e pesando quase 15 Kg, já chegou a distribuir-se por toda a Índia e Paquistão, mas hoje está limitada a fragmentos isolados de habitat

Este ano, mais 13 espécies de aves entraram para a Lista Vermelha das espécies ameaçadas, totalizando 1253 espécies de aves ameaçadas em todo o mundo, cerca de 13% das espécies conhecidas pela comunidade científica.
“As aves são como uma janela para o resto da natureza. São indicadores muito úteis da saúde dos ecossistemas: se estão mal, então também está mal a vida selvagem de uma forma geral”, comentou Stuart Butchart, responsável da Birdlife Internacional.
Para Leon Bennun, da Birdlife International, “Num mundo cada vez mais populoso, as espécies que precisam de mais espaço, como a grande abetarda indiana, estão a perder terreno. No entanto, somos nós quem vai perder a longo prazo, à medida que desaparecem os serviços que a natureza oferece”.

Outra espécie também listada como criticamente ameaçada é o Oriole Bahama, northropi Icterus, com uma população actual de 180 indivíduos. O oriole vive nas florestas e faz o ninho nos coqueiros. Uma doença fatal dizimou estas árvores fazendo quase desaparecer o seu habitat de nidificação. Além disso, o oriole também está a ser ameaçado pela chegada recente de uma ave parasita, o Shiny Cowbird (tordo)(Molothrus bonariensis), que deposita os seus ovos nos ninhos de outras espécies.

No entanto, também há projectos de conservação de espécies que mostram sucesso. É o caso do pombo-torcaz, ou pombo-da-Madeira (Columba trocaz), graças aos trabalhos de recuperação dos habitats. A espécie é endémica da Madeira, e a sua população diminuiu com a destruição do habitat. Tem beneficiado da protecção dada à floresta laurissilva, Património Mundial Natural da Humanidade, e de medidas de gestão no terreno. A caça e o envenenamento continuado, devido aos estragos que causa nos campos agrícolas, são factores de ameaça, segundo O Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
Também os pombos Branco-atado (junoniae Columba) e Dark-tailed Laurel pombo ( Columba bollii), das Ilhas Canárias, foram classificados num nível de menor perigo, após algumas medidas relativas à caça e a uma maior protecção do habitat apropriado.
Fonte das imagens: wikipédia
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