quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sequenciado o genoma do diabo-da-Tasmânia para tentar salvá-lo da extinção

Um grupo de investigadores dos Estados Unidos e Austrália fez um estudo genético completo do diabo-da-Tasmânia, tentando encontrar o modo de combater a doença que está a levar a espécie à extinção. Para isso, sequenciaram o seu genoma e estudaram a variabilidade genética dos exemplares que ainda existem, para saber se é a consanguinidade e a extrema semelhança entre eles que fazem a doença propagar-se tão facilmente e que seja sempre mortal.
Além disso, os cientistas também analisaram o próprio tumor, para tentar compreender o processo que o torna tão contagioso e maligno.

O diabo-da-Tasmânia corre perigo de extinção devido a um cancro mortal que se propaga muito rapidamente na espécie - Fonte: wikipédia

O diabo-da-Tasmânia, Sarcophilus harrisii, é um pequenno marsupial carnívoro que agora se encontra apenas na ilha com o mesmo nome, a sudeste da Austrália. Inicialmente a sua distribuição abrangia o continente australiano, mas com a chegada dos europeus e a introdução do cão doméstico o animal acabou por extinguir-se na Austrália, ficando limitado à Tasmânia.
Actualmente, o diabo-da-Tasmânia enfrenta uma nova extinção provocada por um cancro contagioso que tem dizimado as populações que restam na ilha, desde os anos 90. O tumor apanha o focinho dos marsupiais e acaba por levá-los à morte, pois impede-os de se alimentarem e até de respirar. É causado por uma célula cancerígena que se espalha como um vírus. Passa de animal para animal, como uma infecção, durante o acasalamento ou as lutas. A doença é conhecida como o "cancro facial do diabo-da-Tasmânia".
O estudo vem publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, e tem como principal objectivo ajudar nos esforços de conservação desta espécie, nomeadamente na selecção de animais para os programas de reprodução em cativeiro, escolhendo os mais variados geneticamente e com resistência ao cancro.
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