terça-feira, 12 de junho de 2012

Europa aprova a construção do maior telescópio do mundo

Ilustração do European Extremely Large Telescope (E-ELT) na sua cúpula no Cerro Armazones, o topo de uma montanha a 3060 metros de altitude, no deserto do Atacama do Chile. O E-ELT será o maior telescópio óptico/infravermelho do mundo - o maior olho do mundo voltado para o céu. Espera-se que comece a sua actividade científica no início da próxima década - Crédito: ESO/L. Calçada

O Conselho do Observatório Europeu do Sul (ESO, sigla em inglês) aprovou o início do programa para a construção do maior telescópio óptico/infravermelho do mundo.
O 'European Extremely Large Telescope (E-ELT) ficará situado no Cerro Armazones, no Deserto de Atacama, no norte do Chile, perto do Observatório Paranal do ESO que inclui o Very Large Telescope (VLT) e o Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy (VISTA).
O E-ELT será um potente telescópio de espelho segmentado de 39,3 metros de diâmetro e resolução tão elevada de modo a permitir observar planetas rochosos no exterior do nosso sistema solar. Será o maior "olho" voltado para o céu. Os maiores telescópios ópticos da actualidade têm 10 metros de diâmetro, como no caso do europeu Grande Telescópio das Canárias e os dois telescópios americanos Keck, no Hawai.
E-ELT terá um custo previsto de 1083 milhões de euros e deve começar a sua actividade científica no princípio da próxima década.
A decisão de avançar com o novo telescópio foi aprovada por 10 dos 15 países que integram a organização. Na reunião do Conselho, a Áustria, a República Checa, a Alemanha, a Holanda, a Suécia e a Suíça votaram a favor do início do programa E-ELT. Quatro outros países votaram a favor ad referendum (fazendo depender a aprovação final dos respectivos governos): a Bélgica, a Finlândia, a Itália e o Reino Unido. Os restantes quatro países membros estão a trabalhar activamente para se juntarem ao programa num futuro próximo.
Portugal é um dos Estados membros mas ainda não aderiu ao projecto, assim como o Brasil, que não concluiu ainda o seu processo de ratificação de adesão ao ESO.


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