Corais da Grande Barreira de Corais, no Mar de Coral da Austrália, que faz parte dos 3,1 milhões de quilómetros quadrados de áreas marinhas protegidas anunciadas pelo governo do país - Fonte: wikipédia
A rede de áreas marinhas protegidas daquele país vai passar de 27 para 60, abrangendo cerca de 3,1 milhões de quilómetros quadrados, incluindo todo o Mar de Coral, o que representa mais de um terço das águas territoriais australianas.
Esta medida, que deverá ser submetida a uma consulta pública antes de implementada, reforça a protecção de vários animais na região como baleias e golfinhos, tartarugas marinhas e milhares de espécies de peixes, incluindo o tubarão-touro ou outros como o dugongo (mamífero marinho parente do manati).
A limitação da exploração de gás e petróleo, uma actividade importante da economia australiana, vai aumentar a protecção dos recifes no Mar de Coral, nomeadamente da Grande Barreira de Coral, ao largo das costas de Queensland, no noroeste do país, classificada como Património da Humanidade pela Unesco e onde vivem as tartarugas-verdes. O Mar de Coral "tem uma longa cadeia de atóis de corais que são importantes para várias espécies de peixes e tubarões".
Dugongo (Dugong dugon) mãe e cria. Em tempos, a espécie habitou todas as regiões tropicais dos Oceanos Índico e Pacífico, mas actualmente a sua distribuição é mais limitada. As principais populações vivem na Grande Barreira de Coral ao largo da Austrália e no Estreito de Torres (Austrália) - Fonte: wikipédia
A área do Mar de Coral e da Grande Barreira de Coral formam uma das maiores reservas marinha do mundo. Aqui não pode haver actividades de exploração de petróleo e gás, mineração no fundo do mar e pesca de arrasto.
A proibição de pesca em algumas das novas reservas marinhas levanta a possibilidade do governo australiano ter que pagar até 100 milhões de dólares australianos (79,4 milhões de euros) em compensações aos pescadores comerciais. Além disso, já se receia o desaparecimento de milhares de postos de trabalho, sobretudo nas comunidades piscatórias.
A Fundação Australiana para a Conservação manifestou a sua satisfação pela decisão do governo australiano na protecção dos oceanos, mas salienta que os recursos naturais de algumas zonas vão continuar a ser explorados. No entanto, os ambientalistas consideram as medidas insuficientes e pedem uma proibição total da pesca comercial no Mar de Coral. Alguns também criticam que continue a ser permitida a exploração de petróleo e gás perto de áreas protegidas, especialmente no oeste do país.
Em 2010, na décima Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada em Nagoya (Japão), os países concordaram em proteger 10 por cento dos oceanos do mundo até 2020. Fonte: Publico.pt e El Mundo.es
Sem comentários:
Enviar um comentário