O Sol e os objectos celestes na sua vizinhança, observados a partir de um ponto a 30 anos-luz da nossa estrela. As anãs castanhas estão marcadas por círculos. No fundo está a constelação de Orion (a meio do lado esquerdo) e o aglomerado de estrelas Pléiades (perto da borda superior), objectos do céu profundo - Crédito: NASA/JPL-Caltech
A imagem mostra os nossos vizinhos, do ponto de vista astronómico, a partir de um ponto a cerca de 30 anos-luz do Sol, e onde são mantidas as posições reais das estrelas. O sol é o ponto fraco amarelo no centro.
Na vizinhança solar estão destacadas, por meio de círculos, todas as anãs castanhas conhecidas dentro de um raio de 26 anos-luz - os cientistas da NASA calculam que haverá 33 anãs castanhas para 211 estrelas normais. Os círculos azuis indicam anãs castanhas previamente conhecidas, e os vermelhos as anãs castanhas identificadas, pela primeira vez, pelo Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE), da NASA, no censo de 2010.
As observações do WISE mostram que as anãs castanhas são muito mais raras do que as estrelas: na vizinhança do Sol há cerca de 6 estrelas típicas para cada anã castanha conhecida. Estimativas anteriores apontavam números semelhantes. A conclusão pode ter implicações nas teorias sobre a formação de estrelas.
O Sol está localizado dentro de um braço espiral da nossa galáxia Via Láctea, a cerca de dois terços de distância a partir do centro. É uma área bastante calma, com um número médio de estrelas residentes.
A missão WISE, com a sua visão em infravermelho, tem ajudado a conhecer melhor os nossos vizinhos mais próximos, especialmente os mais pequenos, as anãs castanhas, pois o seu brilho fraco não é visível à distância como as estrelas brilhantes do tipo do nosso Sol.
Proxima Centauri é uma estrela anã vermelha a 4,22 anos-luz de distância, na constelação de Centauro. É a estrela mais próxima do Sol e só pode ser observada a partir do Hemisfério Sul - Fonte: wikipédia
WISE foi lançado em 2009 e fez o levantamento de todo o céu, em luz infravermelha, em 2010. Um dos objectivos da sua missão científica principal foi realizar o levantamento das anãs castanhas.
Estes objectos celestes de massa muito baixa, começam as suas vidas como estrelas, mas não conseguem iniciar a fusão do combustível no seu núcleo. Com o tempo, arrefecem e desvanecem, tornando-os difíceis de encontrar. As anãs castanhas são consideradas "estrelas fracassadas". Por causa desta característica são vistas como o elo de ligação entre as estrelas mais frias e planetas gigantes gasosos como Júpiter.
Em Agosto de 2011, a missão WISE anunciou a descoberta das anãs castanhas mais frias conhecidas, uma nova classe de estrelas chamadas anãs Y, uma delas com temperatura inferior a 25ºC, tornando-a o corpo de tipo estelar mais frio conhecido. Desde então, já foram descobertas 200 anãs castanhas em todo o espaço à volta do Sol, incluindo 13 anãs Y.
Fonte: NASA
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