O mapa mostra a extensão do gelo marinho ao redor da Antárctida, em 26 de Setembro de 2012, quando o gelo cobria mais do Oceano Austral do que em qualquer outro momento do registro de satélite. A terra tem cor cinza escura, e as plataformas de gelo flutuantes - que estão ligadas aos glaciares terrestres - são cinzentas claras. O contorno amarelo mostra a extensão média do gelo do mar, em setembro entre 1979 e 2000 - Crédito: NASA/Earth Observatory/Jesse Allen
A extensão de gelo marinho à volta da Antártica atingiu o seu máximo anual de inverno, estabelecendo um novo recorde para o seu valor mais alto. A cobertura de gelo do mar estendeu-se por 19,44 milhões de quilómetros quadrados, em 2012, de acordo com o National Snow and Ice Data Center (NSIDC). O recorde anterior, de 19,39 milhões de quilómetros quadrados, foi obtido em 2006.
Este recorde de gelo de inverno para a Antárctida surge duas semanas depois de outro recorde estabelecido no Oceano Árctico para o mínimo de cobertura de gelo do mar, desde que é observado via satélite.
Os dados do centro NSIDC mostram que, embora haja uma grande variabilidade de ano para ano, a tendência geral mostra um crescimento de cerca de 0,9 por cento por década do gelo marinho na Antárctida.
De acordo com um recente estudo do gelo marinho, dos cientistas Claire Parkinson e Cavalieri Donald da NASA Goddard Space Flight Center, a cobertura de gelo da Antárctida aumentou cerca de 17,1 mil quilómetros quadrados por ano, entre 1979 e 2010. Grande parte do aumento, segundo os cientistas, ocorreu no Mar de Ross, com aumentos menores no Mar de Weddell e Oceano Índico. Ao mesmo tempo, os mares Bellinghausen e Amundsen perderam gelo.
"O forte padrão de diminuição da cobertura de gelo na região dos mares Bellingshausen e Amundsen e o aumento da cobertura de gelo na região do Mar de Ross sugere mudanças na circulação atmosférica", disseram os cientistas.
"O ano de 2012 continua um contraste de longo prazo entre os dois hemisférios, com a diminuição da cobertura de gelo no Árctico e o aumento da cobertura de gelo do mar na Antárctida", acrescentou Parkinson. No entanto, para a cientista "as tendências a longo prazo são claras, mas não iguais: a magnitude das perdas de gelo no Árctico excedem consideravelmente a magnitude dos ganhos de gelo na Antárctida".
De acordo com cientistas da Universidade do Colorado, no blog Arctic Sea Ice News and Analysis, "uma expansão de gelo de inverno da Antárctida pode ser devido ao arrefecimento, aos ventos ou queda de neve, enquanto o declínio do gelo marinho de verão no Árctico está mais ligado a um aquecimento do clima de décadas".
Fonte: NASA/Earth Observatory
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