Pardela-de-bico-amarelo (Calonectris diomedea borealis), conhecida nos Açores por cagarro ou cagarra
- Crédito: wikipédia
A Campanha SOS Cagarro, uma das maiores acções de protecção ambiental que se realiza em Portugal, arranca esta segunda-feira (1 de Outubro) nos Açores, visando o envolvimento da população no salvamento dos cagarros juvenis encontrados junto às estradas e na sua proximidade.
Os cagarros são aves emblemáticas dos Açores e com um chamamento peculiar único.
Todos os anos, milhares de voluntários, em todo o arquipélago, conseguem salvar muitos juvenis de cagarros que, ao abandonar os ninhos pela primeira vez durante os meses de Outubro e Novembro, são atraídos pelas luzes de carros e casas e acabam por cair nas estradas, onde são atropelados ou apanhados por predadores.
No ano passado, 4709 pessoas e 169 entidades envolvidas nesta iniciativa conseguiram salvar 3233 pequenos cagarros.
Os Açores acolhem cerca de 200 mil casais de cagarros, que nidificam nas ilhas. Nesta época, as crias começam a sair dos ninhos, sendo a fase mais problemática para esta espécie protegida.
A Campanha existe desde 1995, promovida pelo Governo dos Açores, e tem sido exemplar pelo empenho demonstrado a nível de participação cívica. Decorre entre 1 de Outubro e 15 de Novembro, período que coincide com a saída dos cagarros juvenis dos seus ninhos para o primeiro voo transatlântico.
A pardela-de-bico-amarelo (Calonectris diomedea borealis), conhecida nos Açores por cagarro ou cagarra, é uma das maiores aves marinhas do hemisfério norte. A nível mundial houve grande declínio das suas populações, e é nesta época que é mais vulnerável. As crias são abandonadas pelos pais, para se tornarem independentes e a mortalidade entre elas é alta. Quando deixam os ninhos, em vez de dirigir-se ao mar, muitas são atraídas pelas luzes, acabando por cair em terra.
Durante a campanha, os voluntários recolhem as crias desorientadas durante a noite, colocam-nas em caixas de cartão, libertando-as de manhã junto ao mar, para que iniciem o seu voo migratório em segurança.
Fonte: Via Públicopt
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