A galáxia elíptica gigante no centro da imagem, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, é o membro mais massivo e mais brilhantes do aglomerado de galáxias Abell 2261. A galáxia tem cerca de 10 vezes o diâmetro da Via Láctea, com um núcleo difuso preenchido com uma névoa de luz das estrelas. As observações do Hubble foram feitas em Março-Maio de 2011 - Crédito: NASA; ESA; M. Postman, STScI; T. Lauer, NOAO, Tucson; equipa Clash.
Com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble, astrónomos observaram uma nova e extraordinária gigantesca galáxia elíptica que pode ter aumentado devido à acção de um ou mais buracos negros no seu núcleo. A galáxia, com pouco mais de um milhão de anos-luz, tem cerca de 10 vezes o diâmetro da nossa galáxia, a Via Láctea.
Esta galáxia inchada pertence a um tipo incomum de galáxias com núcleo difuso, preenchido por uma névoa de luz das estrelas, onde deveria existir, normalmente, um pico de luz concentrada em torno de um buraco negro central.
Os astrónomos mediram a quantidade de luz das estrelas por toda a galáxia, denominada A2261-BCG, revelando que o núcleo da galáxia inchada, com cerca de 10.000 anos-luz, é o maior já visto.
O artigo descrevendo os resultados foi publicado, em 10 de Setembro de 2012, no Astrophysical Journal. Os astrónomos esperavam ver uma concentração ligeira de luz no centro da galáxia, marcando a localização do buraco negro e estrelas envolventes. Em vez disso, a intensidade da luz das estrelas permaneceu bastante uniforme em toda a galáxia.
O tamanho do núcleo de uma galáxia está relacionado com as dimensões da sua galáxia hospedeira, mas neste caso, a região central é muito maior do que os astrónomos esperavam para o tamanho da galáxia.
O núcleo aumentado é mais do que três vezes maior que o centro de outras galáxias muito luminosas.
A2261-BCG está localizada a três biliões de anos-luz de distância e é a galáxia mais massiva e mais brilhantes do aglomerado de galáxias Abell 2261.
Segundo os astrónomos, um dos cenários possiveis, para explicar esse núcleo dilatado, é que um par de buracos negros em fusão agitaram e espalharam as estrelas por acção da gravidade. Uma outra explicação diz que os buracos negros em fusão foram ejectados para fora do núcleo, levando as estrelas a espalharem-se ainda mais e criando um núcleo de aparência muito maior.
Fonte: NASA
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