O telescópio NuSTAR, captou as primeiras imagens do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea em raios X de alta energia - Crédito: NASA / JPL-Caltech
O observatório "Nuclear Spectroscopic Telescope Array" OU NuSTAR, da NASA, captou as primeiras imagens do buraco negro supermassivo do centro da nossa galáxia em raios X de alta energia. A observações mostram um buraco, que normalmente é calmo, no meio de uma erupção.
A imagem de fundo, em luz infravermelha, mostra a localização do gigantesco buraco negro da nossa Via Láctea, denominado Sagitário A * ou Sgr A * (abreviado).
NuSTAR, lançado a 13 de Junho, é o único telescópio capaz de produzir imagens focadas da mais alta-energia de raios X, permitindo que os astrónomos possam estudar objectos extremos, como os buracos negros.
Comparado com buracos negros gigantes no centro de outras galáxias, Sgr A * é relativamente calmo. Buracos negros activos tendem a devorar estrelas e outros combustíveis das redondezas. Quando os buracos negros consomem combustível - seja uma estrela, uma nuvem de gás ou, como recentes observações do Chandra têm sugerido, mesmo um asteróide, eles explodem com grande energia extra. NuSTAR observou Sgr A * nessa situação.
Na imagem principal, o ponto branco mais brilhante é o material mais quente, localizado mais próximo do buraco negro, e a mancha rosa à volta é o gás quente, provavelmente pertencente a um remanescente de supernova nas proximidades.
Os quadros à direita mostram uma erupção captada pelo NuSTAR, durante um período de observação de dois dias, em Julho. O painel do meio mostra o pico da explosão, quando o buraco negro consumia e aquecia a matéria a temperaturas acima dos 180 milhões de graus Fahrenheit (100 milhões de graus Celsius). Os outros painés mostram momentos antes e depois do máximo da erupção.
A imagem principal é composta de luz vista em quatro energias de raios-X diferentes. A imagem de fundo da região central da Via Láctea foi obtida em infravermelhoa pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA.
Os astrónomos dizem que estes dados do NuStar, combinado com as observações simultâneas tomadas noutros comprimentos de onda, vão ajudá-los a entender melhor a física dos buracos negros, como se alimentam e crescem em tamanho.
Fonte: NASA
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