Ilustração da sonda Cassini sobre os anéis de Saturno - Crédito: wikipédia
Nesta segunda-feira (15 de Outubro), a sonda Cassini, da NASA, comemora 15 anos de voo na sua missão interplanetária.
Lançada para o espaço em 15 de Outubro de 1997, a nave espacial já percorreu mais de 6,1 biliões de km, o equivalente a circular a Terra mais de 152 mil vezes.
Depois de passar por Vénus duas vezes, pela Terra, e depois por Júpiter no seu caminho para Saturno, a Cassini entrou em órbita do planeta dos anéis, em 2004, onde tem passado os últimos oito anos estudando Saturno, os seus brilhantes anéis e as misteriosas luas.
Durante todo este tempo, Cassini já enviou para a Terra algo como 444 gigabytes de dados científicos e mais de 300.000 imagens.
Até agora, com os dados enviados já foram publicados mais de 2.500 relatórios em revistas científicas, descrevendo a descoberta dos jactos de gelo de água e partículas orgânicas projectados pela lua Enceladus, as primeiras observações dos lagos cheios de hidrocarbonetos da maior lua de Saturno, Titã, a gigantesca e rara tempestade na atmosfera do hemisfério norte de Saturno e, ainda, muitos outros fenómenos curiosos.
Mosaico de cores falsas mostrando a cauda da enorme tempestade no hemisfério norte de Saturno. As imagens foram obtidas pela sonda Cassini em 12 de Janeiro de 2011, a 1.1 milhões de quilómetros do planeta dos anéis - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute
Mas, antes de terminar a sua existência, Cassini ainda tem a missão de ajudar os cientistas a entender as alterações provocadas no planeta gigante pelas mudanças das estações. A Primavera só começou a chegar recentemente ao hemisfério norte de Saturno e das suas luas e Cassini é a única nave capaz de observar como reage o gigante gasoso.
A partir de Novembro de 2016, a sonda vai executar uma série de manobras que a vão colocar cada vez mais perto de Saturno.
Finalmente, em 15 de Setembro de 2017, depois de entrar na atmosfera de Saturno, a Cassini será esmagada e vaporizada pela pressão e temperatura do planeta dos anéis. Com isto pretende-se proteger mundos como Enceladus e Titã, com oceanos de água líquida sob as suas crostas de gelo e que podem abrigar condições para a vida.
"Cassini ainda tem muitos quilómetros para percorrer antes do seu fim, e muitas mais perguntas que nós, cientistas, queremos responder", disse Linda Spilker, cientista do projecto Cassini no JPL. "Na verdade, as suas últimas órbitas podem ser as mais emocionantes de todas, porque vamos ser capazes de descobrir o planeta de perto, com dados que não podem ser recolhidos de outra maneira."
Fonte: NASA
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