quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cientistas criaram o maior mapa da matéria escura do Universo

Imagem do aglomerado de galáxias Abell 1689, com a distribuição de massa da matéria escura sobreposta na lente gravitacional (em roxo). A massa desta lente é feita em parte da matéria normal e em parte da matéria escura. Galáxias distorcidas são claramente visíveis nas bordas da lente gravitacional. A gravidade do aglomerado de triliões de estrelas - e a matéria escura - age como uma "lente" no espaço, com cerca de 2 milhões de anos-luz de largura . Esta "lente gravitacional" curva e aumenta a luz das galáxias situadas muito atrás dela. A imagem é uma demonstração da previsão de Albert Einstein de que a gravidade deforma o espaço e distorce feixes de luz - Fonte: wikipédia / Hubblesite

Cientistas da Universidade de Edimburgo (Escócia) e da  British Columbia (Canadá) conseguiram produzir o maior e mais detalhado mapa da distribuição da matéria escura do Universo.
Os investigadores mostraram um Universo composto por uma complexa rede cósmica de matéria escura e galáxias que se expande numa região de 1.000 milhões de anos -luz.
Pelo que se sabe actualmente, apenas 4% do Universo é constituído pela matéria que todos conhecemos, como os protões, neutrões, electrões e outras partículas. Do restante, 23% é ocupado pela matéria escura que, segundo os físicos, explica como as galáxias estão presas umas às outras, e 73% do Universo é formado por energia escura que funcionará como uma força repulsiva que provoca a constante expansão do Universo.
Embora não seja visível, já se conseguem observar alguns efeitos que a matéria escura provoca no Universo.
“A teoria geral da relatividade de Einstein diz-nos que essa massa faz curvar o espaço e o tempo, por isso, quando a luz [de uma galáxia distante] atravessa a matéria escura, essa luz chega até nós curvada e distorcida”, explicou Heymans, que é co-autora do estudo apresentado no 219º encontro da Sociedade Americana de Astronomia, em Austin, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (9). Deste modo, a distorção do espaço-tempo permite "ver" a matéria escura.
Por isso, usando a distorção do espaço-tempo e com ajuda do Telescópio Legacy Survey Canadá-França-Havai, situado no Havai, foi construído o maior mapa da matéria escura do Universo.
Durante cinco anos, o telescópio fotografou 10 milhões de galáxias situadas a seis mil milhões de anos-luz de distância. A luz captada nas imagens usadas no estudo foi, por isso, emitida quando o universo tinha seis mil milhões de anos. O mapa mostra a luz destas galáxias a atravessar acumulações de matéria escura. É possível ver a matéria escura distribuída em pedaços que rodeiam aglomerados de galáxias, e que estão ligados entre si por filamentos mais finos. No meio, há espaços enormes e vazios, onde não existe matéria (ver imagens).
Mais informações em Público.pt

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