terça-feira, 10 de maio de 2011

Nanopartículas de pirite, libertadas nas fontes hidrotermais no mar profundo, são fontes de ferro necessário à vida nos oceanos

Tal como acontece com os seres humanos, as bactérias e plantas minúsculas que vivem no oceano precisam de ferro para obter energia e desenvolver-se.

O "ouro dos tolos" das fontes hidrotermais 'negras', dá vida aos oceanos - Fonte: wikipédia

Os resultados da pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Delaware e outras instituições, publicados na revista Nature Geoscience, mostram que as fontes hidrotemais 'negras' dos fundos dos oceanos emitem uma grande quantidade de partículas microscópicas (nanopartículas de pirite, com um diâmetro 1.000 vezes menor que um cabelo humano, que são fontes de ferro no oceano profundo.
As nanopartículas por serem tão pequenas, ficam dispersas e suspensas no mar em vez de se depositarem no fundo. São partículas com tempos longos de permanência no oceano e podem viajar longas distâncias das suas fontes, formando uma fonte de alimentação potencialmente importante para a vida no fundo do mar.
O mineral pirite, ou pirite de ferro, tem um brilho metálico e cor amarelo-bronze. Inicialmente foi confundido com ouro, por isso é conhecido como o "ouro dos tolos". Na natureza, por vezes é encontrado associado com pequenas quantidades de ouro.
A pirite é um dissulfureto de ferro, constituído por enxofre e ferro. Não reage rapidamente com o oxigénio, na água do mar, para formar ferro oxidado, a conhecida "ferrugem", permitindo-lhe permanecer intacta e atravessar todo o oceano melhor do que outras formas de ferro.
De acordo com George Lutero, um dos cientistas envolvidos na pesquisa, "À medida que a pirite viaja das fontes hidrotermais para o interior e para a superfície do oceano, oxida-se gradualmente libertando o ferro, que se torna disponível nas áreas onde já está esgotado, para que os organismos possam assimilá-lo e depois crescer." "É um suplemento contínuo de ferro para o oceano - tal como as multivitaminas são para os seres humanos."
O crescimento das minúsculas plantas que formam o fitoplâncton é importante para a produção de oxigénio atmosférico e controle dos níveis de dióxido de carbono.
Fonte: ScienceDaily

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