sexta-feira, 20 de maio de 2011

Jovem decide trocar a sua mão disfuncional por uma prótese mecânica


O sérvio Milo, de 26 anos, perdeu os movimentos do braço direito num acidente de motocicleta há dez anos. Recuperou o braço parcialmente através de cirurgias, mas a mão não é capaz de fazer os movimentos básicos.
Por isso ele decidiu amputar a mão disfuncional e colocar uma prótese. A cirurgia é oferecida pelo cirurgião austríaco Oskar Aszmann, da Universidade Médica de Viena, que a descreve como uma “reconstrução biónica”.
Apesar dos recentes avanços na ciência dos membros biónicos, mesmo algumas próteses de ponta ainda têm limitações de movimentos, embora a nova geração de mãos biónicas oferece mais flexibilidade e é capaz até mesmo de girar a partir do pulso.
A prótese mecânica funciona captando os mesmos impulsos cerebrais que controlariam a mão natural. Os sinais são detectados através de sensores dentro da prótese.
Milo decidiu-se pela operação, ao tomar conhecimento da experiência de Patrick, um jovem de 24 anos, que foi a primeira pessoa no mundo a escolher trocar a sua mão electrocutada num acidente por uma mão biónica, também em Viena, em 2010.
No entanto a operação levanta questões éticas importantes, pela remoção de partes vivas do corpo humano, embora disfuncionais.
Bennet Foddy, especialista em ética médica da Universidade de Oxford, diz que é sempre difícil certificar-se de que o paciente sabe o que está fazendo e que não se arrependerá. Mas o cirurgião afirma que não tem problemas em cortar a mão natural, pois a sua reconstrução biológica seria muito difícil e, provavelmente, no fim continuaria com uma mão disfuncional.
Fonte: ÚltimoSegundo

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