segunda-feira, 30 de maio de 2011

Emissões de CO2 em 2010 foram as maiores da história

De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), as emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases responsáveis pelo efeito de estufa, alcançaram um recorde em 2010.

A AIE estimou que 80% das emissões projectadas para 2020 no sector da energia já estão comprometidas, por virem de eléctricas actualmente instaladas ou em construção - Fonte imagem: wikipédia

Depois de uma queda em 2009, devido à crise financeira global que reduziu a atividade económica internacional, as emissões de dióxido de carbono (CO2) cresceram 5% no ano passado em relação ao recorde anterior, em 2008, estando em perigo o cumprimento de limitar o aumento global da temperatura a 2 º C.
O limite para o aumento global das temperaturas médias em 2 graus foi estabelecido durante a conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada em Cancún, em 2010.
Para que esta meta seja alcançada, a concentração de gases de efeito estufa, a longo prazo, na atmosfera deve ser limitada a cerca de 450 partes por milhão de equivalente de CO2, um aumento de apenas 5% em comparação a uma estimativa de 430 partes por milhão em 2000. Isto significa que as emissões globais relacionadas com a energia não devem ultrapassar as 32 gigatoneladas até 2020. Para isso, ao longo dos próximos dez anos, as emissões devem subir menos, no total, do que aconteceu entre 2009 e 2010.
Em termos de combustíveis, 44% das emissões de CO2 estimadas em 2010 vieram do carvão, 36% do petróleo, e 20% do gás natural.
As emissões de CO2 actuais estão muito perto do limite de emissões que não deveriam ser alcançadas até 2020, o que torna difícil conseguir atingir a meta global acertada em Cancún, a não ser que se tomem já "decisões corajosas e decisivas".
Embora a AIE estime que 40% das emissões globais vieram de países da OCDE em 2010, esses países representaram apenas 25% do crescimento das emissões em relação a 2009. Os países em desenvolvimento - liderados pela China e Índia - registaram aumentos muito maiores das suas emissões, com o seu crescimento económico acelerado.
No entanto, considerando as emissões per capita, os países da OCDE emitiram em média 10 toneladas por pessoa, em comparação com 5,8 toneladas para a China, e 1,5 toneladas na Índia.
Fonte: Agência Internacional de Energia (AIE) via ÚltimoSegundo

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