sexta-feira, 1 de abril de 2011

Enxame estelar NGC 371 e a sua nebulosa - região HII

Região de hidrogénio brilhante que circunda o enxame estelar NGC 371, uma maternidade estelar situada na  Pequena Nuvem de Magalhães, galáxia nossa vizinha. A imagem foi obtida pelo Very Large Telescope do ESO.

Enxame aberto NGC 371 e a sua nebulosa de hidrogénio ionizado - Crédito: ESO/Manu Mejias

Estas regiões de hidrogénio ionizado - conhecidas como regiões HII - são locais com elevadas taxas de formação estelar recente. O enxame aberto NGC 371 rodeado por uma nebulosa, é um exemplo disso mesmo. Todas as estrelas dum enxame aberto têm origem numa mesma região HII difusa, e ao longo do tempo a maior parte do hidrogénio é usado na formação estelar, originando uma concha de hidrogénio, tal como a que se observa na imagem, e um enxame de estrelas quentes jovens.

A Pequena Nuvem de Magalhães, hospedeira de NGC 371, é uma galáxia anã situada a 200 mil anos-luz de distância, sendo uma das galáxias mais próximas da Via Láctea. Contém estrelas em todas as fases de evolução: desde estrelas jovens muito luminosas, encontradas em NGC 371, até a restos de supernovas provenientes de estrelas mortas.
As jovens estrelas energéticas emitem enormes quantidades de radiação ultravioleta, o que faz com que o gás circundante, como por exemplo os restos de hidrogénio da sua nebulosa criadora, brilhe intensamente de forma colorida, brilho que se estende em todas as direcções, ao longo de centenas de anos-luz, fenómeno observado nesta fantástica imagem obtida pelo Very Large Telescope do ESO.
Existem numerosos enxames abertos na Via Láctea, mas NGC 371 é de grande interesse pela quantidade de estrelas variáveis que contém, estrelas que apresentam uma variação periódica do seu brilho. Este enxame apresenta várias estrelas, conhecidas por estrelas B pulsantes de período longo, um tipo de estrelas variáveis que também pode ser utilizado no estudo do interior estelar através de asterosismologia. As estrelas variáveis desempenham um papel fundamental na astronomia: alguns tipos são indispensáveis na determinação de distâncias a galáxias distantes e na determinação da idade do Universo.
Os dados utilizados para compor esta imagem foram selecionados a partir do arquivo do ESO, por Manu Mejias, no âmbito do concurso Tesouros Escondidos. Três das imagens submetidas por Manu ficaram entre as primeiras vinte classificadas. A sua imagem de NGC 371 obteve o sexto lugar da competição.
Fonte: ESO

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