quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cientistas do Observatório Solar Dinâmico descobrem uma emissão tardia de energia nas erupções solares

Erupção solar de 5 de Maio de 2010, com dados solares obtidos a partir de diversos instrumentos do Observatório Solar Dinâmico (SDO). As imagens na parte superior mostram os arcos magnéticos da erupção principal, seguidos dos arcos magnéticos brilhantes acima dos originais, mostrando a fase tardia da erupção. No fundo da imagem, os gráficos mostram, simultaneamente, a variação da intensidade da radiação ultravioleta extrema vinda do Sol, nomeadamente no pico da erupção principal e na fase tardia.

Dasos recolhidos pelo Observatório Dinâmico Solar, da NASA, mostraram que uma segunda onda de radiação violeta extrema emana de uma erupção solar, bem depois do seu pico acontecer. Esta "fase eruptiva tardia", alguns minutos ou horas depois, nunca tinha sido observada totalmente. A energia ultravioleta extrema total deste segundo máximo de energia ultravioleta, por vezes é superior à energia correspondente ao pico da erupção solar de raios X.
O Observatório Dinâmico Solar (SDO, na sigla em inglês) analisou 191 explosões solares, desde Maio de 2010, e descobriu que algumas das erupções têm uma fase tardia alguns minutos ou horas depois de começar, além de produzirem muito mais energia no espaço do que se acreditava até então.
De acordo com Phil Chamberlin, cientista do projeto do SDO, há um grande aumento nas emissões, meia hora ou várias horas mais tarde, muitas vezes até é maior que a erupção original. Se fossem medidos apenas os efeitos da erupção principal, seria subestimada uma boa parte da quantidade de energia recebida pela atmosfera terrestre. No evento de 3 de Novembro de 2010, esse valor atingiu cerca de 70%.
O tempo espacial depende da energia emanada pelo Sol, do modo como ela se transmite no espaço e da energia que atinge a nossa atmosfera. Uma melhor compreensão desta emissão tardia ajudará os cientistas a quantificar mais correctamente a energia produzida nas erupções solares, para uma melhor previsão do tempo espacial.
Fonte: NASA

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