sábado, 9 de julho de 2011

Atuns precisam de mais protecção com urgência, dizem os especialistas

Pela primeira vez, todas as espécies da família dos Scombridae (ou escombrídeos) (atum, bonito e cavala) e peixes bicudos como o espadarte e o marlin, usados na alimentação humana, foram incluídos na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) de espécies ameaçadas.

A pesca excessiva ameaça de extinção as populações de atum-azul - Fonte: wikipédia

Das 61 espécies conhecidas, sete estão classificadas como 'ameaçadas', estando em sério risco de extinção. Quatro estão listadas como 'quase ameaçadas' e as restantes, quase dois terços, foram colocados na categoria de 'menor risco de extinção'.
Os resultados do estudo publicado na revista científica Science mostram que o atum é a espécie que se encontra em pior situação. Cinco das oito espécies de atum estão nas categorias 'ameaçadas' ou 'quase ameaçadas' da Lista Vermelha da UICN. Estão incluídas: Atum-rabilho do Sul ( Thunnus maccoyii ), Criticamente em Perigo; Atum-rabilho do Atlântico ( T. thynnus ), em vias de extinção; Atum-patudo (T. obesus), Vulnerável; Albacora ( T. albacares ), quase ameaçada, e atum-voador ( T. alalunga ), Quase Ameaçado.
"Esta é a primeira vez que pesquisadores, ictiólogos (especialistas em peixe) e conservacionistas se unem para avaliar a situação dos peixes comercialmente importantes," diz o Dr. Bruce B. Collette, pesquisador e especialista da IUCN, e principal autor do artigo.
Toda a informação obtida na pesquisa tem um valor inestimável para ajudar os governos nas suas políticas de pesca de modo a conservar estas espécies, algumas com grande valor económico.
A principal ameaça às espécies é a sobrepesca, assim como a falta de vontade política na protecção das espécies contra a exploração. Muitas são exploradas por companhias multinacionais, difíceis de regulamentarl. As três espécies de atum-azul poderão entrar em colapso brevemente, se a pesca excessiva continuar. As suas populações começaram a decair na década de 1970 e não mostram recuperação.
Segundo Jean-Christophe Vié, vice-director do Programa Global de Espécies da IUCN, "este novo estudo mostra que há necessidade urgente de uma gestão eficaz. As descobertas científicas não devem ser descartados para manter o lucro a curto prazo. Estão em jogo a vida marinha e empregos para as gerações futuras."
Fonte: Science Daily

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