quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Portugal está menos sorridente, e a culpa é da crise.

As pessoas felizes vivem mais, são mais produtivas e cívicas - Crédito imagem: wikipédia

As pessoas felizes vivem mais, são mais produtivas e cívicas. É a principal mensagem do Relatório Mundial sobre Felicidade 2013, elaborado pela Universidade de Columbia para a ONU, e apresentado esta segunda-feira (9 de Setembro de 2013).
Os países mais felizes do mundo continuam no Norte da Europa. Dinamarca, Noruega, Suíça, Holanda e Suécia ocupam os primeiros lugares, entre os 156 países classificados. Portugal ocupa a 85º posição, tendo descido 12 lugares em relação ao relatório anterior. Segundo o estudo, a queda deve-se ao “impacto da crise na zona euro”, que afectou de forma idêntica a Grécia, Itália e Espanha. Com a crise económica e o grande aumento do desemprego, Portugal e os seus vizinhos do sul da Europa estão menos sorridentes.
"Os cidadãos destes quatro países, os mais atingidos pela crise na zona do euro, percebem que perderam a liberdade para tomar decisões importantes nas suas vidas", diz o documento. "A crise tem limitado as suas oportunidades e há a percepção de um aumento de corrupção na política e nos negócios; e menor apoio social e generosidade ", acrescenta.
O Relatório Mundial sobre Felicidade de 2013, foi lançado pela primeira vez no ano passado, e analisa o impacto de factores como a família, educação, saúde, esperança de vida, liberdade de escolha, ou ainda capacidade económica e relações com a comunidade e instituições públicas na felicdade individual.
Portugal foi um dos 41 países analisados onde se verificou uma descida do nível de felicidade (de 5,4, em 2012, para um nível médio de felicidade de 5,1, em 2013). Em 60 outras nações os cidadãos mostraram-se mais satisfeitos com a vida.
O documento destaca a importância do bem-estar dos cidadãos no desenvolvimento social e económico, o que pode ser essencial no progresso das nações.
Jeffrey D. Sachs, director do Instituto da Terra da Universidade de Columbia e conselheiro especial para o secretário-geral da ONU e um dos responsáveis que assina este relatório, sublinha que “existe, neste momento, uma exigência crescente de que a política esteja mais alinhada com o que realmente importa às pessoas”, acrescentando que “cada vez mais os líderes mundiais falam sobre a importância do bem-estar como um guia para as suas nações e para o mundo”.
O relatório defende a importância de “equilibrar medidas económicas para o progresso social com medidas de bem-estar para garantir que o progresso económico leva a grandes melhorias em vários domínios da vida, e não apenas uma maior capacidade económica".
Fonte: Publico.pt e El Mundo.es

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