Algumas das enormes crateras existentes numa região planáltica de Marte - Arabia Terra, no hemisfério Norte - podem ter resultado da erupção de supervulcões, segundo um estudo publicado esta quinta-feira (3 de Outubro) na revista Nature.
"Esta descoberta alertou os cientistas para a possibilidade de outras depressões, classificadas como crateras de impacto, serem efectivamente caldeiras de supervulcões que terão estado activos há mais de 4000 milhões de anos na superfície marciana".
Os supervulcões apresentam explosões muito potentes, lançando para o espaço grandes quantidades de materiais, como gases, lava, cinzas e fragmentos rochosos e bloqueando a luz do Sol.
Na Terra, um dos supervulcões mais conhecido é o de Yellowstone (Estados Unidos), que entrou em erupção há 640 mil de anos, e que pode ter expelido mais de um milhão de milhões de metros cúbicos de materiais, dez mil vezes mais material que o vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia, em 2010, e que afectou o trafego aéreo em quase todo o mundo.
Os investigadores acreditam que as explosões gigantescas destes supervulcões poderão ter condicionado o clima, a composição da atmosfera marciana e a evolução do próprio planeta. Eventualmente, podem ter expelido quantidades consideráveis de água e de elementos essenciais para a vida, criando as condições para o desenvolvimento de vida em Marte. No entanto, o planeta actual é inóspito, e os cientistas não sabem o que pode ter acontecido.
Fonte: Público.pt e BBC Brasil/UltimoSegundo