terça-feira, 8 de outubro de 2013

Supervulcões explodiram em Marte


Algumas das enormes crateras existentes numa região planáltica de Marte - Arabia Terra, no hemisfério Norte - podem ter resultado da erupção de supervulcões, segundo um estudo publicado esta quinta-feira (3 de Outubro) na revista Nature.
"Esta descoberta alertou os cientistas para a possibilidade de outras depressões, classificadas como crateras de impacto, serem efectivamente caldeiras de supervulcões que terão estado activos há mais de 4000 milhões de anos na superfície marciana".
Os supervulcões apresentam explosões muito potentes, lançando para o espaço grandes quantidades de materiais, como gases, lava, cinzas e fragmentos rochosos e bloqueando a luz do Sol.
Na Terra, um dos supervulcões mais conhecido é o de Yellowstone (Estados Unidos), que entrou em erupção há 640 mil de anos, e que pode ter expelido mais de um milhão de milhões de metros cúbicos de materiais, dez mil vezes mais material que o vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia, em 2010, e que afectou o trafego aéreo em quase todo o mundo.
Os investigadores acreditam que as explosões gigantescas destes supervulcões poderão ter condicionado o clima, a composição da atmosfera marciana e a evolução do próprio planeta. Eventualmente, podem ter expelido quantidades consideráveis de água e de elementos essenciais para a vida, criando as condições para o desenvolvimento de vida em Marte. No entanto, o planeta actual é inóspito, e os cientistas não sabem o que pode ter acontecido.
Fonte: Público.pt e BBC Brasil/UltimoSegundo

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Dia Mundial do Animal

O lince-ibérico só existe em Espanha e em Portugal (em cativeiro). É um dos animais mais ameaçados de extinção - Crédito imagem: wikipédia

Em cada ano, 4 de Outubro é o dia de São Francisco de Assis, o santo padroeiro dos animais. Por isso, esta data foi escolhida para Dia Mundial do Animal, em que se celebra a importância dos animais na vida das pessoas, sensibiizando-as para a protecção e preservação de todas as espécies.

Links relacionados:
Lince-Ibérico (ICNB)
Centro de recuperação do lobo-ibérico

Nascimento de filhote de tigre-de-sumatra captado por câmara


No zoológico de Londres, uma câmara de vídeo captou o parto de uma fêmea de tigre-de-sumatra, Melati, em 22 de setembro de 2013. Após o nascimento, o filhote recebeu logo os carinhos da mãe.
O tigre-de-sumatra está criticamente ameaçado, sendo a espécie de tigre com mais risco de desaparecer do planeta. A reprodução em cativeiro tenta evitar o desaparecimento da espécie, o que torna a nova cria um motivo de alegria para todos.
Fonte: BBC Brasil/ÚltimoSegundo

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Saúde dos oceanos está a piorar devido ao aquecimento global

O aquecimento global e a poluição ameaçam os oceanos. Os recifes de coral não são capazes de se adaptar às rápidas mudanças climáticas - Crédito imagem: wikipédia

"Os oceanos estão cada vez mais quentes, mais ácidos e com menos oxigénio", alerta a recente avaliação do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos, uma iniciativa criada por investigadores da Universidade de Oxford, com o apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza.
De acordo com o investigador Alex Rogers, do Somerville College, da Universidade de Oxford, e um dos criadores do Programa Internacional para o Estado dos Oceanos, “a saúde dos oceanos está a piorar mais rapidamente do que se pensava”, o que deveria preocupar-nos, pois isso afecta "a capacidade dos oceanos em suportar a vida na Terra".
Os cientistas alertam para o aquecimento global, que está a aumentar a temperatura dos oceanos e também provoca a acidificação da água do mar, devido à absorção do excesso de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, por causa das actividades humanas. Um outro problema é a redução dos níveis de oxigénio provocada pelo aquecimento global e a poluição.
Todas estas alterações dos oceanos estão a ter consequências graves na fauna e flora marinha, das quais depende a humanidade e toda a vida na Terra. A situação torna-se ainda mais dramática com a exploração de modo insustentável de 70% da população de peixes, segundo dados da agência das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO, na sigla em inglês).
“Se os actuais níveis de libertação de CO2 se mantiverem, podemos esperar consequências extremamente sérias para a vida nos oceanos, e para a protecção alimentar e costeira”, dizem os cientistas. Por isso, consideram que é preciso reduzir as emissões de CO2, de modo a diminuir a sua concentração na atmosfera, e tentar que a temperatura média global não ultrapasse 2,0 graus acima dos valores anteriores à era industrial.
Mais informações em Publicopt

Link relacionado:
Somos culpados das alterações climáticas do nosso planeta, confirma novo relatório climático da ONU

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sonda Cassini encontra constituinte de plástico doméstico em Titã

Descoberto propileno na maior lua de Saturno, Titã - (Reprodução)

A sonda Cassini da NASA detectou propileno na lua Titã, de Saturno. Na Terra, esta molécula, que inclui três átomos de carbono e seis átomos de hidrogénio, é um constituinte de vários tipos de plásticos, usados para fazer, por exemplo, recipientes para armazenar alimentos, pára-choques de automóveis e outros produtos de consumo. É a primeira vez que se detecta um ingrediente plástico em qualquer lua ou planeta, para além da Terra.
O propileno foi identificado na baixa atmosfera de Titã, através do espectrómetro infravermelho da Cassini (CIRS), e é a primeira molécula a ser descoberta pelo instrumento, em Titã.
A descoberta é apresentada num artigo científico publicado na revista Astrophysical Journal Letters, em 30 de Setembro de 2013.
"Este produto químico faz parte do nosso dia-a-dia, unido em longas cadeias para formar o chamado polipropileno plástico", disse Conor Nixon, um cientista do Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland, e principal autor do artigo. "Os recipientes de plástico do supermercado, com o código de reciclagem 5 no fundo - são de polipropileno."

sábado, 28 de setembro de 2013

Robô Curiosity encontra água no solo marciano analisado

Auto-retrato do robô Curiosity, obtido em 31 de Outubro e 1 de Novembro de 2012. O robô encontrava-se em "Rocknest", o local da Cratera Gale onde foi usada a colher, pela primeira vez, para recolher uma amostra de solo. Na frente do robô, podem distinguir-se quatro locais já escavados. O mosaico mostra ainda, à direita, o Monte Sharp, uma montanha sedimentar de 5 Km de altura, situada na base da Cratera Gale, o destino final da viagem do Curiosity - Crédito: NASA/JPL-Caltech

Análises feitas pelo robô Curiosity, da NASA, revelaram que o solo marciano da Cratera Gale contém uma quantidade de água que surpreendeu os cientistas.
Cerca de 2 por cento do solo na superfície de Marte é constituído por água, em que as moléculas de água estão ligadas quimicamente às partículas de solo de granulação fina.
Embora as evidências de água em Marte não sejam uma novidade, a descoberta do Curiosity pode vir a ser importante para futuros exploradores de Marte, pela possibilidade de acesso a este recurso vital para os seres humanos. À partida, basta escavar o solo e aquecê-lo, para obter água.
O robô Curiosity poisou na Cratera Gale, na superfície de Marte, em 6 de agosto de 2012, com o objectivo de saber se, algum dia, o planeta vermelho teve ambiente favorável à vida. Para isso ele, ele possui dez instrumentos científicos, alguns dos quais podem recolher e processar amostras de solo e rochas.
Um dos equipamentos usados nesta investigação, de nome SAM (Análise de Amostras de Marte), permite identificar uma vasta gama de compostos químicos e determinar as proporções de diferentes isótopos de elementos chave.
Estes resultados fazem parte de um artigo científico publicado, em 27 de Setembro de 2013, na revista Science, conjuntamente com outros quatro artigos, todos sobre a missão Curiosity.
Fonte: NASA

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Distribuição do dióxido de carbono global

As concentrações de dióxido de carbono atingiram o seu máximo entre 1 e 31 de Maio de 2013 - Crédito: NASA/Earth Observatory

O mapa da figura mostra o dióxido de carbono na troposfera média, a parte da atmosfera onde ocorre a maioria dos fenómenos meteorológicos associados ao tempo meteorológico.
Os dados foram recolhidos em maio de 2013, quando os níveis de dióxido de carbono atingiram o seu valor mais alto, pelo menos em 800 mil anos .
As maiores concentrações do gás, em amarelo, estão no Hemisfério Norte, e são mais baixas no Hemisfério Sul . Em maio, a época de crescimento das plantas está a começar no Hemisfério Norte, e assim elas removem ainda pouco carbono da atmosfera.
Embora o dióxido de carbono não seja o gás de efeito de estufa mais potente, nem o mais abundante, ele é o principal responsável pela alteração das temperaturas globais. É controlado na atmosfera através do satélite Aqua, da NASA, que consegue medir as diferentes concentrações em todo o mundo, de dia e de noite, independentemente das condições atmosféricas, esteja o céu nublado ou claro.
O dióxido de carbono é um gás de efeito estufa devido à sua estrutura molecular, o que significa que ele deixa passar a luz visível do Sol através da atmosfera enquanto absorve e reenvia radiação infravermelha, aquecendo a Terra.
Os gases de efeito estufa actuam como um isolamento e são responsáveis ​​por tornarem o clima da Terra confortável. Sem eles, o nosso planeta teria uma temperatura média de -18 graus Celsius. No entanto, quando as suas quantidades aumentam, surgem os problemas.
Desde o início da Revolução Industrial, a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera é grande, sobretudo pela queima de combustíveis fósseis. A adição de gases de efeito estufa extra para a atmosfera faz aumentar a temperatura do planeta, com impactos importantes, nomeadamente em dois dos principais recursos dos seres humanos e dos ecossistemas, a terra e a água.

Visão espacial da nova ilha formada pelo terramoto do Paquistão

Nova "ilha de lama" formada depois do catastrófico sismo do Paquistão - Crédito: NASA/Earth Observatory/Jesse Allen/Robert Simmon

Imagem da nova ilha surgida ao largo da costa do Paquistão, captada pelo satélite Earth Observing-1 (EO-1), da NASA, em 26 de Setembro de 2013.
A "ilha de lama" emergiu do fundo do mar Arábico, perto da cidade costeira Gwadar, em 24 de Setembro, pouco depois de um terramoto de magnitude 7.8 que atingiu a província do Baluchistão, no noroeste do Paquistão, causando grande destruição e centenas de mortes e feridos.
A imagem da mesma região adquirida pelo satélite Landsat 8, em 17 de Abril de 2013, não revela qualquer formação na superfície do mar.
Fonte: NASA/Earth Observatory

Somos culpados das alterações climáticas do nosso planeta, confirma novo relatório climático da ONU

O homem altera o clima e ameaça a Terra, "a nossa única casa"! - Crédito imagem: wikipédia

Agora os cientistas têm 95% de certeza que a actividade humana é a grande responsável pelo aquecimento global do nosso planeta. É o que diz uma síntese do relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), apresentada esta sexta-feira (27 de Setembro de 2013).
De acordo com o relatório do IPCC, “a atmosfera e o oceano aqueceram, diminuiu a quantidade de neve e de gelo, o nível do mar subiu e a concentração de gases com efeito de esfufa aumentou”, e o ser humano é a causa destas alterações que ameaçam o nosso planeta, "a nossa única casa".
O documento adverte que a manutenção das emissões de gases de efeito estufa irá provocar maior aquecimento e mudanças em todos os aspectos do sistema climático, prevendo que até 2100 o planeta pode aquecer 0,3 a 4,8 graus Celsius.
Neste resumo para os decisores políticos (como é designado), os cientistas dizem que o aumento do nível do mar vai continuar a um ritmo mais rápido do que tem acontecido nos últimos 40 anos, prevendo-se uma subida entre 26 e 82 centímetros, dependendo do que acontecer com as emissões de efeito estufa neste século. Em cenários mais pessimistas, muitas áreas costeiras em todo o mundo serão afectadas.
No futuro, o relatório afirma que o aquecimento deverá continuar em todos os cenários. As simulações indicam que a mudança da temperatura global da superfície, até ao final do século 21, provavelmente será superior a 1,5 graus Celsius, em relação a 1850.
Tal como disse o Prof Sir Brian Hoskins, do Imperial College London, à BBC News: "Estamos numa experiência muito perigosa com o nosso planeta, e eu não quero que os meus netos sofram as consequências dessa experiência."

Modelos climáticos mostram como podem mudar as temperaturas e a precipitação no século 21


Novas visualizações de dados do Centro de Simulação Climática da NASA mostram as estimativaas dos modelos climáticos sobre como podem mudar as temperaturas globais e a precipitação da Terra, ao longo do século 21, dado o aumento dos níveis actuais de gases de efeito estufa.
Este vídeo retrata um cenário em que as concentrações de dióxido de carbono atingim 670 partes por milhão (ppm), em 2100, contra cerca de 400 ppm hoje.
Estes mesmos modelos climáticos foram utilizados no relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), divulgado esta sexta-feira (27 de Setembro de 2013), e que considera a actividade humana como a principal responsável pelo aquecimento global do nosso planeta.
Fonte: NASA

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nova tripulação para a Estação Espacial Internacional


Por entre os gases da descolagem, o foguetão russo Soyuz TMA-10M é lançado para o espaço a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 25 de setembro, transportando a bordo os astronautas da Rússia, Oleg Kotov e Sergey Ryazanskiy, e o astronauta americano Michael Hopkins. A viagem demora seis horas até à Estação Espacial Internacional, onde os astronautas vão permanecer durante cerca de 5 meses, conjuntamente com outros três tripulantes da estação orbital.
De acordo com a NASA, a nova tripulação vai participar em várias investigações científicas incidindo sobre a saúde e fisiologia humana no espaço, sob o efeito da microgravidade.
Actualmente, a Soyuz é a única nave espacial capaz de transportar seres humanos para o espaço.
Crédito da imagem: NASA / Carla Cioffi

Sismo faz surgir uma pequena ilha na costa do Paquistão


As autoridades paquistanesas estão a investigar uma pequena ilha que apareceu na costa do Paquistão, provavelmente como consequência do sismo que abalou a província do Baluchistão, no sudoeste do país, na última terça-feira.
A ilha tem cerca de 30 metros de comprimento, 76 de largura e 18 de altura, e emergiu perto da cidade costeira de Gwadar, no Mar Arábico, um dia depois do terramoto que destruiu milhares de habitações em Awaran, matando cerca de 400 pessoas e ferindo outras 500.
O sismo, de magnitude 7,7 na escala de Richter, aconteceu numa área pobre e bastante populosa, onde a grande maioria das habitações é feita de barro e ruiu facilmente. Foi sentido na capital do país, Carachi, e ainda no Irão e na Índia.
De acordo com cientistas, a ilha que surgiu no mar será o resultado de um vulcão de lama, criado pelo movimento de gases alojados no interior da terra - sacudidos pelo violento sismo - e que forçaram a subida do material - lama e rochas - à superfície da água.
Os vulcões de lama podem surgir em zonas de intensa actividade sísmica, como no caso do sul da província do Baluchistão, situado no cruzamento de placas tectónicas.
Fonte imagem: ÚltimoSegundo

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Impactos de cometas e outros corpos celestes podem criar células básicas da vida, sugere um novo estudo

Júpiter visto a partir da superfície gelada da lua Europa. Este salélite natural tem condições ambientais favoráveis à criação de aminoácidos por colisão de cometas ou outros corpos espaciais, de acordo com o novo estudo - Crédito imagem: NASA / JPL-Caltech

Um novo estudo realizado por uma equipa de cientistas, da qual faz parte a astrobióloga portuguesa Zita Martins, sugere que os impactos violentos de cometas gelados num planeta podem produzir aminoácidos, os blocos de construção das proteínas que compõem os organismos vivos. Estes blocos essenciais da vida também podem ser produzidos quando os meteoritos e outras rochas espaciais colidem com a superfície gelada de um planeta.
Os pesquisadores descobriram que as colisões de alta velocidade desencadeiam ondas de choque intensas que podem transformar compostos orgânicos simples, como água e gelo de dióxido de carbono, encontrados em cometas e em mundos gelados em aminoácidos, o primeiro passo para a vida. São estes "blocos constituintes da vida" que estão na origem de moléculas mais complexas, como as proteínas, assim como os componentes do ADN, a molécula que contém o património genético dos seres vivos.
Embora os impactos de cometas e asteróides sejam associados à destruição da vida, os resultados mostram que também contribuíram para aumentar as oportunidades de vida no Sistema Solar.
Os cientistas do Imperial College London, da Universidade de Kent e Lawrence Livermore National Laboratory fizeram a descoberta ao reproduzirem o impacto de um cometa, disparando projécteis através de uma arma de alta velocidade em alvos de misturas de gelo, com composição semelhante ao dos cometas. Do impacto resultaram aminoácidos, tais como glicina e D-e L-alanina.
O estudo publicado neste domingo (15 de setembro de 2013), na versão online da revista Nature Geoscience, contribui também para o estudo do processo da criação da vida na Terra, possivelmente iniciado há cerca de quatro mil milhões de anos, quando o planeta foi bombardeado por cometas e meteoritos.