O aquecimento global e a poluição ameaçam os oceanos. Os recifes de coral não são capazes de se adaptar às rápidas mudanças climáticas - Crédito imagem: wikipédia
"Os oceanos estão cada vez mais quentes, mais ácidos e com menos oxigénio", alerta a recente avaliação do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos, uma iniciativa criada por investigadores da Universidade de Oxford, com o apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza.
De acordo com o investigador Alex Rogers, do Somerville College, da Universidade de Oxford, e um dos criadores do Programa Internacional para o Estado dos Oceanos, “a saúde dos oceanos está a piorar mais rapidamente do que se pensava”, o que deveria preocupar-nos, pois isso afecta "a capacidade dos oceanos em suportar a vida na Terra".
Os cientistas alertam para o aquecimento global, que está a aumentar a temperatura dos oceanos e também provoca a acidificação da água do mar, devido à absorção do excesso de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, por causa das actividades humanas. Um outro problema é a redução dos níveis de oxigénio provocada pelo aquecimento global e a poluição.
Todas estas alterações dos oceanos estão a ter consequências graves na fauna e flora marinha, das quais depende a humanidade e toda a vida na Terra. A situação torna-se ainda mais dramática com a exploração de modo insustentável de 70% da população de peixes, segundo dados da agência das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO, na sigla em inglês).
“Se os actuais níveis de libertação de CO2 se mantiverem, podemos esperar consequências extremamente sérias para a vida nos oceanos, e para a protecção alimentar e costeira”, dizem os cientistas. Por isso, consideram que é preciso reduzir as emissões de CO2, de modo a diminuir a sua concentração na atmosfera, e tentar que a temperatura média global não ultrapasse 2,0 graus acima dos valores anteriores à era industrial.
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